SÍNDROME DO TRANSPONDER DESLIGADO


“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6:23 RC)

         O Jornalista Responsável pela revista Ultimato, Elben Cezar, escreveu sobre: A Alma sem corpo é “fantasma” e corpo sem alma é defunto, na edição – janeiro-fevereiro/2007. Com esse título ele abordou a tragédia dos 154 mortos do acidente aéreo de 29 de setembro de 2006. Havia naquele avião médicos, psicólogos, agrônomos, engenheiros, professores, universitários, consultores, profissionais e três acadêmicos de medicina.
1.     Um técnico em informática morreu indo a Brasília para pedir a namorada em casamento;
2.     Uma médica de 27 anos morreu com o filho de 3 anos;
3.     Outra médica, de 31, morreu com o noivo;
4.     Um empresário de 57 anos morreu ao lado da esposa, uma aposentada da mesma idade, depois de 34 anos de casamento;
5.     Um rapaz de 28, morreu quando começava a deslanchar profissionalmente em Manaus e tinha marcado o casamento para fevereiro de 2007;
6.     Um pastor da Assembléia de Deus de Sobradinho-DF, morreu quando voltava do Amazonas onde fora inaugurar uma nova congregação;
7.     Treze capixabas que tiravam alguns dias de férias para pescar no Amazonas morreram na queda do Boeing 737-800.
Um quarto dos mortos eram jovens de22 a 29 anos. Mais de 70% eram do sexo masculino. O desastre aéreo deixou pelo menos cem órfãos.
Os parentes das vítimas experimentaram um sofrimento horrível.Quando ocorre a morte súbita e não a morte anunciada (aquela que é precedida por uma doença grave), o luto é muito mais difícil. E quando a perda é dupla (perde-se a vida e corpo), é mais doloroso ainda.
Enquanto não se vê o corpo morto, alimentando-se a esperança de que a pessoa está viva em algum lugar e não se começa a processar o luto.
Transtornada pela dor, uma das viúvas da tragédia com a aeronave da Gol que estava à espera da identificação dos corpos trazidos da Serra do Cachimbo - MT, gritava: “Tudo o que eu quero é a cabeça do meu marido. Só a cabeça. Só isso”. Se não fosse tão sério, seria cômico.
Tudo isso, por quê? Porque o jato Legacy tinha um transponder, que todos os aviões devem ter, mas os pilotos americanos Jan Paladino e Joseph Lepore o desligaram.  
Essa tragédia com o Boeing da Gol ilustra muito bem as conseqüências que podem acontecer quando alguém conduz a sua vida ao seu bel prazer, sem se importar com os sinais de alerta diante do pecado. É pensando sobre isso que quero falar sobre a:

SÍNDROME DO TRANSPONDER DESLIGADO

1.    O que é síndrome? É uma patologia, doença.
2.    O que é transponder? É um aparelho emissor-receptor que responde automaticamente a uma mensagem de identificação, ao sinal de um radar; repetidor de radiofreqüência.

Em primeiro lugar...
I.       “...o salário do Transponder Desligado é a morte...” Rm 6.23a

         A morte é a interrupção desta vida e Deus tem a chave da vida e da morte em suas mãos. E na grande maioria das vezes Deus utiliza a chave para abrir a porta da morte porque os viventes não observam com seriedade os sinais de alerta. Cuidado! Perigo! Não ultrapasse! Produto radioativo! Mantenha distancia! Não pare ou pare! Ária restrita! Esses sinais servem para o homem não errar o alvo ou não desviar-se do caminho de retidão. Servem para o homem não pecar. Pois a conseqüência, o salário do pecado é a morte.
           Estudando hamatiologia (doutrina do pecado), percebe-se que Deus através de seu Espírito Santo fica como os CINDACTAS que supervisionam o espaço aéreo brasileiro, em busca de contato com todas as aeronaves. São muitos os sinais de alerta que o Espírito Santo emite automaticamente todos os dias. Contudo, bilhões de pessoas em toda terra, desconsideram esses sinais e desligam os seus transponderes ocasionando a sua própria morte e a de outros.     
          Não se iluda! A conseqüência do transponder desligado é a morte. Não se iluda! O salário do pecado é a morte. E neste caso o Apóstolo Paulo está falando sobre a morte eterna, uma vez que uma pessoa pode morrer para a vida eterna: “...os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;” (1 Ts 4:16 RC)Cuidado! Preste atenção! Deixe o transponder, a vigilância, a sensibilidade ligada para receber os sinais emitidos pelos cindactas, pelo Espírito Santo e viverá bem nesta vida e no por vir eternamente.

Em segundo lugar...
II.      “...o dom gratuito de Deus é a vida eterna...” Rm 6:23b

          Parece ser até uma redundância, “...dom (presente) gratuito...”, mas o Apostolo Paulo quis enfatizar a misericórdia de Deus frente a condição humana, mostrando que existe a possibilidade de redenção, a possibilidade de auxílio, a possibilidade de proteção que livra da situação pecaminosa.  
         Ou seja, ainda que os pilotos americanos Paladino e Lepore causaram a morte de 154 pessoas e muitos deles morreram eternamente, Deus os perdoa. Ainda que os bandidos arrastaram o menino João por 7 km e o deixaram sem a cabeça, pés e mãos de tanto arrastá-lo no asfalto, Deus os perdoa. Ainda que homens e mulheres se envolvam sexualmente com pessoas que nunca viram fora do casamento, nos aviões, nas ruas, nos motéis, nas salas fechadas de uma empresa priva ou repartição publica, nas Igrejas tradicionais, pentecostais e neo-pentecostais, Deus os perdoa. Ainda que pessoas se corrompam e paguem propina, Deus as perdoam. Basta essas pessoas se arrependerem do que fizeram e passarem a andar com o transponder ligado, atentos a todos os sinais emitidos pelo Espírito Santo. “Quem tenta esconder os seus pecados não terá sucesso na vida, mas Deus tem misericórdia de quem confessa os seus pecados e os abandona.” (Provérbios 28:13 NTLH)
           Tomas de Aquino em seu tratado sobre o Mal, disse: “Não entendemos o mal, mas cremos que Deus é tão poderoso que pode  tirar do mal um bem, porque, se assim não fora, Deus não seria todo-poderoso”. “O problema não é o pecado, é a misericórdia. Que torna pequeno o nosso pecado por pior que seja”; disse Leonardo Boff.
           Numa situação como essa, todos alimentam pelo menos um fiapo de esperança que haja vida. Quando se chega à constatação de que não há sobreviventes, resta outra esperança que tem a grossura de uma corda de amarrar navio. Trata-se da esperança da ressurreição do corpo, que é uma graça maior do que a cura de qualquer doença terminal e maior do que o livramento temporário da morte. Tanto a cura como o livramento são muito bem-vindos, mas são meros adiamentos da morte, enquanto a ressurreição é a vitória consolidada e definitiva da vida sobre a morte.

Por 

Gilmar Tavares Reis

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